domingo, 14 de novembro de 2010

De boa.

Meninas, fiz fisio na sexta. Tranquilo. As relações tb, qto à dor, estão tranquilas. A infecção já foi embora. Optei por fazer uma cultura e chegamos à bactéria que me atormentava: Escherichia coli, comum causadora de infecções urinárias por habitar a região perineal (já que ela é própria do trato gastrointestinal). Com o resultado da cultura (o nome da bichinha) e o antibiograma (os antibióticos os quais ela é sensível) arrumei uma vaga na minha gineco e então ela receitou o Ciprofloxacino. Já tô de boa desde sexta, e retomei a fisio e os namoros. Nada de novidade. Sem dor, penetração normal, sem maiores dificuldades.

Terei fisio agora 2x por semana. Ela acha que já pode diminuir um pouco a frequência, mas disse que só vai me dar alta quando eu tiver com a força muscular vaginal ideal.

Até a próxima!

Ah, a gineco disse q é comum ter infecções urinarias nas primeiras relações sexuais, e que qdo a relação é mais violenta, aumenta o risco pq traumatiza a uretra. É mesmo aquilo que a fisio falou!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não acredito!!!!!!

Gente, ontem à noite a infecção urinária voltou. Lá mesmo no laboratório que trabalho fiz o sumário de urina e foi confirmada. Que meeeeeeeeeerda! Não entendi essa recidiva. Fisio cancelada de novo. Não quero tomar antibiótico por conta própria, então vou tentar um médico amanhã. Está mais branda do que na última vez, dói só pra fazer xixi e eu tô menos prostrada. Liguei pra fisio pra contar, ela me perguntou se o ato sexual tem sido violento, e realmente (calma, nada de levar tapa, gente...rsrsrs), mas durante alguns momentos ele "acelera". Não sei se tem realmente haver. Também já tinha 15 dias de abstinência. Enfim, não sei que fatores propiciaram a reinfecção. Só sei que tô puta da vida (perdoem o termo). Parece que tem alguma coisa querendo atrapalhar meu progresso, minha felicidade... Deus é maior!

Quando melhorar, volto!

Beijo!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Olá!

Ei, meninas, passei pra falar que teria consulta hoje às 8, mas às 6hs despertei com um torpedo no celular da minha fisio desmarcando, pois não estava se sentindo bem. Então, fazer o que, né? O fim de semana foi bom, eu e meu marido fizemos sexo de sexta até ontem, váááááárias vezes (tá tudo ardendo aqui e a parte interna das coxas doloridas, parecendo que eu vim da musculação... kkkkk..). Inclusive, ele me acorda até de madrugada - tadinho, quer tirar o atraso (rsrs). Enfim, ele venceu o "medo" do sangue (sim, ele morria de medo), mas no meu caso nem tinha todo esse sangue, pois o anticoncepcional que eu tomo fez diminuir meu fluxo em praticamente 80%, e eu fico com hemorragia apenas 2 dias, e bem pouco. A primeira penetração arde um pouco, e é mais dificultosa. Mas, como já disse aqui, nada de morrer ou gritar, ou mandar parar. É um ardor normal, suportabilíssimo. Depois de alguns segundos, o ardor vai parando, e no decorrer da relação eu não sinto mais nada - nada mesmo... rsrsrs. Sinto uma coisa boa, mas acho que mais pelo contato íntimo - nada comparado ao prazer que sentia quando ele me masturbava. Pra ele é muito bom, ele delira, tem orgasmos fascinantes, mas pra mim ainda é um protocolo. E é isso que tem me agoniado bastante. Não sei se é porque ainda não "aprendi" a me soltar, mas por favor, quem souber, me ensina...rs.

Beijo grande!

Até mais!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sinal vermelho

Gente, só fiz fisio 2 x essa semana, pois hoje minha menstruação chegou. Eu estava emendando as cartelas, justamente por causa da fisio, mas com o antibiótico pra infecção urinária, houve uma interação e aí, desregulou tudo, eu comecei a ter escapes e optei por terminar a cartela e esperar a hemorragia (que na verdade não é menstruação).

Não estou bem, estou péssima, apesar de vcs postarem palavras de incentivo, apesar da minha psióloga me dizer que não tenho motivos pra tristeza, que os avanços são visíveis. Me perdoem, mas eu não consigo enxergar as coisas fragmentadas, sempre visualizo o global, e embora esteja conseguindo a penetração, a falta de libido e de gosto pela vida me afunda a cada segundo (não tenho mais satisfação em sair, diversão, festas, me afastei de todos os amigos pois não encontro mais prazer em estar com eles, o desgosto pela profissão que eu tanto amo). E o pior é saber que o problema está em você mesma, e nem sequer conseguir visualizar uma saída. Estou com medo da depressão estar encostando de novo, mas não quero retornar ao psiquiatra, pois ele vai prescrever medicamentos anti-depressivos e estes possuem reações adversas terríveis.

Saindo aqui...

Beijo pra vocês!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

10ª sessão

Meninas, hoje a fisio foi mais tranquila do que da última vez. Sem dor durante os exercícios. Ela trouxe o mesmo aparelho que infla dentro da vagina - é super estranho...rsrsr... pediu que contraísse e relaxasse, e tals. Ao final, ela disse que hoje não encontrou pontos de contração e, como eu estou perto de menstruar, esses dias seriam os melhores para o sexo. Essa semana nós (eu e o amor) não tentamos nada porque ele se machucou na academia - distensão muscular no trapézio - é aí, num tem como né? Mas, já está melhor e o feriadão promete (espero).

Beijocas e até a próxima sessão!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Terapia

Ontem tive sessão com a psicóloga. Estava muito deprimida. Além da "estagnação", o fato de não conseguir sentir prazer me deixa muito pra baixo, e eu tenho certeza que é por conta da minha ansiedade. Eu não consigo me concentrar nas sensações. Antes, quando a gente namorava, "funcionava" tudo normal. Eu lubrificava de molhar a calcinha ou a cama. Hoje, eu me pergunto: lubrificação? Ãnnn? O que é isso? Resumindo: além de um problema pra resolver (que eu até considero mais fácil, pra mim) ainda tenho outro, de cunho psicológico. Faço terapia cognitivo-comportamental, e a terapeuta acha q a libido adormeceu por conta das tentativas de penetração frustrantes. Eu sei que a penetração é só uma parte do sexo, eu já vivi momentos de preliminares maravilhosos, talvez até por isso tenha me acomodado e demorado tanto em procurar ajuda. Antes, ele me masturbava, e eu conseguia até ter orgasmo. Hoje? Affff... prefiro nem comentar mais. Enfim, a psico mandou eu ver filmes eróticos com ele e namorar muuuuuuito, sem focar a penetração e muito menos o orgasmo. Quanto ao vaginismo ela tb diz que não tem motivo pra deprê, que a musculatura da vagina é igual a do pescoço: uns dias tensas, outros não. Foi a mesma coisa que a Angélica me disse. Então, fiquei mais tranquila. Amanhã tem sessão com a fisio, depois eu passo aqui.

Beijoo!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

8ª e 9ª sessões

Bem pessoal, vim fazer um resumo das duas últimas sessões que foram ontem e hoje, respectivamente. Minhas sessões são na segunda, quarta e sexta, mas como a fisio teve que viajar, ela me atendeu ontem.

Ontem, ela começou com o mesmo protocolo. Mas a cara dela não tava como nos outros dias. E eu senti mais ardor. Ao término da sessão ela não elogiou alguma evolução como das outras vezes, mas também não falou nada. Quando ela saiu, fiquei agoniada, com um aperto no peito, aí liguei pra perguntar se tinha ocorrido alguma involução. Ela disse que não regrediu nada, mas voltou um ponto de contração na parte inferior esquerda. Maldito vaginismo! Essa miséria volta... pode? Mas que estava tudo dentro da normalidade, que não evolui, mas também não regredi. Fiquei arrasada porque eu pensei que depois que eu tivesse conseguido a penetração as coisas só iam andar pra frente, mas acho q tô começando a acreditar em predestinação e eu nasci pra sofrer nessa %$#@* dessa vida mesmo (desculpem, estou deprimida ainda).

Hoje, depois do mesmo protocolo, ela trouxe um aparelho diferente, que media a força de contração e relaxamento dos músculos do períneo. Ela inflou o tal dentro da vagina e depois pediu q eu contraísse e relaxasse de acordo com o comando dela. Falei pra ela que tava muito deprimida por causa disso, mas ela tentou me convencer que não tinha motivo pra depressão nem nada, que estava tudo indo bem, e que haviam dias nos quais o ardor ia ser maior mesmo, por conta do próprio psicológico (stressam ansiedade e tals.)

Mas, continuo deprimida. Afinal, tenho sido tão obediente nos exercícios! Espero que na sexta as coisas melhorem.

beijo!

domingo, 24 de outubro de 2010

7ª sessão

Olá! Passando pra avisar que a infecção já me deixou. Nada que 5 dias de norfloxacino não resolva hehehe! Bem, durante o processo infeccioso, mantive contato com a fisio todos os dias, por telefone. Eu queira retomar na quarta, pois já estava me sentindo ultra-melhor, e além disso tava morrendo de medo de involuções. Mas ela, por cautela,  preferiu que deixássemos para a sexta, me liberando exercícios leve na quarta e na quinta (um e dois dedos, sem a prótese). Então,  na verdade, só fiquei sem exercícios na segunda e terça, que foram os dias da fase aguda da infecção. E assim foi. Durante os toques iniciais, ela disse que sentiu um pouco de rigidez no terço inferior esquerdo, trecho que já tinha "descontraído". Enquanto ela tocava, eu sentia ardor. Então ela fez bastante massagem nessa área, mas disse que era comum pelo fato de ter passado muito tempo sem a a eletroestimulação. Ao final, tentou a prótese, mas doeu muito, e ela preferiu não forçar. Ela disse que realmente a prótese é muito rígida, que se eu quisesse tentar, fosse com cuidado, porque realmente, ela entra "rasgando". Ontem eu fiz os exercícios normalmente, e mais tarde, eu e meu marido tentamos, e a penetração aconteceu mais facilmente do que na semana passada. Total. Nem eu acreditei. Senti um leve ardor no início, mas que, com o decorrer da relação, vai desaparecendo e chega uma hora que não dói mais nada. Quer dizer, também depende da posição. Sim, porque todas que vcs imaginarem eu já tentei (kkkkkk), pra ver se tinha dificuldade de penetração, mas foi tudo normalmente (de 4, de lado, papai-mamãe e por cima). A posição que eu fico por cima foi a que eu tive mais dificuldade, mas ele me ajudou na hora, e foi de boa; ardeu um pouquinho nela. Agora eu tenho que resolver o problema dessa minha libido, que tá quase zero, por isso nem deu pra dizer que foi o mááááááximo ainda. Eu sinto uma coisa boa, mais pelo contato íntimo do que por outra coisa, mas acho q fico tão preocupada em sentir prazer, em ter orgasmo, que não rola. Conversei sobre isso com minha terapeuta essa semana, ela me disse que tenho que fazer jogos eróticos pra poder a libido "acordar". Mas, também não sei se é o anticoncepcional que eu tomo há bastante tempo (e que esse mês eu emendei pra não ter que filar a fisioterapia...rsrsrs). Mas vou parar nessa cartela, pra ver se também pode ser ele. Próxima sessão na terça!

Bom, qualquer novidade, volto!

Beijo e sucesso pra todas!

Na luta!

Cris

(P.S Gente, hoje o blog faz 1 mês. Eu juro que não imaginei que 1 mês depois do dia que comecei a postar aqui, estaria já nesse estágio!)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Boas e más notícias

Bom, meninas, como vcs já sabem, comprei uma prótese peniana. Mas não encontrei de silicone... comprei de um material lá,  meio rígido... mas a fisio disse que não tinha problema. Procurei um tamanho que fosse proporcional ao do marido. E no sábado, lá vou eu pra minha bateria de exercícios: primeiro um dedo, depois dois dedos, depois a banana, depois... a prótese. Gente, doeu, viu? Ela é muito rígida. Ainda assim, meu esposo conseguiu inserir a metade da prótese (que mede 14,5cm). Fim de exercícios, fui tomar banho com o maridão, e ele perguntou se podia tentar com o dele. Na hora eu disse que sim, mas sinceramente, achei que não ia conseguir. E, gente... pasmem! Quando eu vi, "escorregou" pra dentro bem fácil, sem dor, e foi até a metade - aí doeu um pouco, e eu pedi pra ele parar. Eu comecei a rir desesperadamente, ria, ria ria, só ria...rsrs... e aí, clima cortado, né? kkkk... Saímos para comemorar: o pênis dele é maior e tem um diâmetro maior que a prótese.

E entrou a metade!!!! No domingo, outra bateria de exercícios. O mesmo protocolo. Ele, todo empolgado, sugeriu: podíamos tentar de novo né? E olha, vou confessar que eu fiquei bem ansiosa durante as preliminares, e nem tava excitada, mas de repente, quando ele foi colocar: ENTROU TODOOOOO!!!
= D

Confesso: não esperava por isso tão rápido. São apenas 18 dias de fisio. Mas sei que ainda não estou curada. São avanços, apenas. Aleluiaaaaaaa...! Daí fizemos, mas eu não senti nada de prazer, eu tava muito tensa, muito ansiosa em sentir algo. Mas, eu gostei, embora tenha sentido um pouco de dor, mas nada insuportável, como das outras vezes que tentávamos e não entrava nada. Nos movimentos mais bruscos, doeu mais.

Só que hoje, gente, amanheci com uma infecção urinária básica. Resultado, a fisio que seria as 8 da manhã, suspensa. Arrasada fiquei. Namorar, então... nem pensar! Minha fisio acha que foi por conta da penetração e do lance de ontem (rsrs). Enfim... fazer o quê? Esperar os sintomas passarem. Já tô no antibiótico e assim que voltar às sessões, posto aqui.

Beijoo!

Cris

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

6ª sessão

Meninas, hoje à tarde tive consulta aqui em casa novamente. Sempre no horário das 17hs, pq assim consigo fugir do laboratório sem maiores problemas (rs!). Bom, o protocolo tem sido o mesmo, por enquanto. Mas o que eu e a fisio percebemos hoje foi uma facilidade maior em colocar os dedos, o eletrodo, a banana. Quando aumenta o diâmetro eu sinto apenas uma resistência na região do hímen, mas nada de dor. E, não sei se por conta do formato da banana (que é um pouco curva), pelos movimentos de entrada e saída ou pelo tamanho dela, senti uns incômodos na região pélvica. A fisio acha que é porque ela acaba alcançando o colo do útero durante os movimentos de vai e vem. Achei estranho e confesso que fiquei imaginando se "na hora" vai ficar aquele incômodo tb (porque, gente... o que é uma banana em relação a um pênis?????). Mas, enfim, sem ansiedade, sem pensar no futuro. Meu lema agora é "um dia de cada vez". Devagar e sempre a gente chega lá.

Beijos!

Cris

P.S. (Ah, quando acabou a sessão, fomos comprar uma prótese peniana, eu e a fisio, já que eu morro de vergonha. Ela escolheu o tamanho que achou conveniente, e é mais ou menos o tamanho do pênis do marido. Amanhã vou fazer os exercícios com ele... e passo aqui pra contar como foi.)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

5ª sessão

Meninas, falei que não ia postar hoje, mas sobrou um tempinho, e aqui estou. Bem... estamos em uma nova etapa da terapia. Hoje minha fisio quis fazer a fisioterapia na minha casa, no meu quarto. Segundo ela pra eu me "ambientar" mais, pra tentar afastar a tecnicidade e me sentir mais à vontade. O protocolo é sempre o mesmo: um dedo, dois dedos, vários exercícios "lá dentro",   prum lado, pro outro, contrai, relaxa e tals... só que dessa vez, ela não usou o eletrodo mais fino (tipo um marca-texto); usou o que tem um diâmetro maior. Ligou ele e deixou lá um tempão pra poder ajudar no relaxamento da musculatura. Contei pra ela que consegui com a banana da prata, ela ficou feliz, e ao final da sessão, pediu uma banana pra tentar. Colocamos uma camisinha (claroooo! rsrs!!) e ela conseguiu introduzi-la. Não doeu, mas senti uma resistência maior comparada às vezes que coloquei a banana no final de semana. Ela fez movimentos de vai-e-vem, e na saída doeu um pouquinho. Acho que a musculatura precisa acostumar com o diâmetro da banana, afinal, foi a coisa mais grossa que entrou até hoje.  Na porta da minha casa, ela me disse: você está evoluindo a cada sessão. É muito, muito, muito bom ouvir isso, sobretudo se vem dela!

Sexta temos mais outra sessão. Ela ainda acha por bem manter 3 x por semana. Depois da sessão vamos comprar a prótese peniana (aprendi com a Dra. Angélica!!!).

Beijo!

Cris

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Outros avanços.

Meninas, vim contar sobre o feriadão. Como descrevi no último post, minha última consulta com a fisio foi na sexta. Ela viajou, e por isso não houve sessão ontem. Mas eu fiz os exercícios, e agora,  coloquei meu marido pra ser meu "fisioterapeuta"...rsrsrs... Se é ele que vai colocar "alguma coisa em mim", então, que eu me familiarize com a idéia. Fora que os dedos dele possuem um diâmetro maior do que os dedos da minha fisio e do que os meus (somos magriiiinhas...rsrs!!!). Eu fiz os exercícios, depois ensinei a ele como fazer. Comprei luva pra caber na  mão dele e mais gel lubrificante (tinha acabado). E o saldo final desses 4 dias de exercícios foi o seguinte:

- consegui, várias vezes, colocar meus dois dedos (até o fim) sem dor alguma.
- meu marido também conseguiu colocar os dois dedos (até o fim tb!). Na primeira vez doeu um pouquinho, mas nas seguintes, só um leve ardor. Isso é bom, pq os dois dedos dele possuem um volume maior do que os meus e os da fisio.  = )
- queria tentar com algo maior... então... coloquei uma camisinha numa banana da prata (média) e pedi pra ele inserir... e entrou... de boaa... sem resistência... só ardeu um pouquinhoo!!!!!

Amanhã tenho consulta com a fisio. Ela sugeriu comprar um pênis de mentira (daqueles de sex shop) pra poder começar a exercitar com algo que possua diâmetro maior. Mas eu disse que tinha vergonha de ir comprar (rsrs), então ela disse que me faria companhia e que compraria como se fosse pra ela. Um anjo aquela mulher!

Ainda não tentei com o dito cujo do marido pq acho que ainda não estou preparada pra receber todo aquele diâmetro..rsrs... é... é meio "avantajado" (rsrsr)!!!

Não prometo postar a consulta de amanhã  logo em seguida, pois estou atordoada de coisas no trabalho e provavelmente tenha que trazer pra casa algumas coisas. Mas antes do fim de semana, passo por aqui.

Beijo!

Cris

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

3ª e 4ª sessões com a fisio

Bom... na 4ª e na 5ª consultas, repeti todos os exercícios da 3ª, com um leve detalhe: a fisio disse q cada dia que se passa, está sentindo um melhor relaxamento da minha musculatura vaginal. Ela coloca um dedo, dois dedos, um eletrodo fino e um mais grosso. Nossa próxima consulta será na quarta, por conta do feriadão (ela vai viajar). Hoje, quase fico sem fazer fisioterapia, pois no caminho para a clínica, bateram no carro dela. Ela me ligou, eu disse que não tinha problema, que poderíamos fazer na semana que vem, mas ela disse que não, que se demorar muito sem as manobras que ela faz, pode regredir um pouco, e isso é o que ela menos quer agora. Pediu pra que eu aguardasse, e eu, claro, aguardei. Quase 1 hora depois ela chegou, e foi tudo bem, inclusive, ela disse que se surpreendeu com meus avanços, que nem ela esperava tanta evolução em tão pouco tempo. Ela disse que cancelou todos os outros pacientes, mas a minha consulta ela não podia cancelar. Fiquei feliz pela preocupação e dedicação dela. O ardor e a dor, comuns nas primeiras consultas têm diminuído a ponto de que, algumas manobras feitas por ela são praticamente indolores. Não fico um dia sequer sem fazer os exercícios em casa. Ontem cheguei bem tarde (por volta das 23hs), com uma preguiça enoooorme, e falei: vou tomar banho e dormir. Mas quando lembrei da minha meta - SER CURADA - logo mudei de idéia, e fiquei feliz com um avanço particular: eu só conseguia inserir um dedo, e com ele fazia as massagens e o movimento de tirar e colocar que ela me ensinou. Mas ontem, consegui colocar meus dois dedos... até o fim... e SEM DOR! Não sei se estou perto da cura. Mas que já posso avistá-la, mesmo que longíqua, isso sim. Retorno quando tiver mais novidades!

Beijos!

Cris

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

2ª sessão com a fisio

Meninas... as coisas têm andado mais rápido do que eu imaginava... Há 1 semana eu estava no consultório da minha psicóloga chorando horrores, sem expectativa de cura - nem de vida - nenhuma. E hoje, na 3ª sessão (a 2ª prática) acho que estou evoluindo. Hoje, minha fisio me pediu pra repetir todos aqueles exercícios iniciais do post anterior. Depois, inseriu um dedo (Sem problemaaaaaaaaaa!!!! E sem doooorrr!!!), depois dois dedos (ardeu um pouquinho, mas nada absurdo!) e fez a massagem pra relaxar a musculatura. Ela comentou que hoje minha musculatura vaginal estava bem mais relaxada que da primeira vez (eu fiz os exercícios em casa também). Depois ela inseriu um eletrodo bem fininho (tipo um dedo) que ficou dando uns "choquinhos". Ela disse que era pra relaxar a musculatura. Depois, inseriu um outro eletrodo, de diâmetro maior (quase do tamanho de um pênis), e qdo eu menos esperava disse: "entrou todo... tranquilo, viu? "... Acho que há muitos anos eu não sentia aquilo, que eu ouso chamar de felicidade, mas confesso que ainda tenho medo de alimentar expectativas. Logo que cheguei em casa, e ao longo do dia, percebi o relaxamento na musculatura do assoalho pélvico na micção. Fiz xixi com uma maior facilidade... assim... o jato parece que saiu mais forte, mais fácil, mas nada que me faça não conseguir segurá-lo. Liguei pra fisio na hora, e ela disse que é comum isso acontecer, afinal minha musculatura foi relaxada. Ainda não tentei com o marido. Tenho medo de não entrar... rsrs... e eu ficar down... vou conversar amanhã com minha psico sobre isso. Retorno na quarta para outra consulta com a fisio. Ela está bem animada. E eu... vivendo um dia após o outro!

Beijos!

Cris

sábado, 2 de outubro de 2010

1ª sessão com a fisio

Oi, gente! Então... passei aqui rapidinho pra poder falar pra vcs como foi minha 2ª consulta com a fisioterapeuta. Bom, assim que cheguei lá, ela me ensinou uns exercícios pra relaxar a musculatura da pelve. Primeiro em pé, depois na bola. Depois, ela me deitou na maca, e pediu pra eu fazer uns exercícios de respiração, seguidos de contração e relaxamento da musculatura do períneo. Como já havia lido no blog "Benditas Mulheres" o que a Dra. Priscila havia escrito sobre isso de contrair e relaxar, imediatamente perguntei a ela se isso não pioraria a contração involuntária. Ela disse que não, que serviria pra eu tomar consciência corporal e na hora da relação, conseguir distinguir a contração do relaxamento e relaxar. Enfim... fiz o que ela pediu. Depois desse exercício, ela disse que ia fazer o toque pra sentir o grau da contração. Com um dedo, ela disse que sentia contração mais intensa no terço inicial da vagina. Depois que ela conseguiu o dedo todo (não senti dor, só um ardorzinho), lá dentro, ela começou a massagear a parte interna para relaxar a musculatura, e disse que sentia que, além do terço primário, só existia mais um trecho de contração no terço médio. Que o restante da musculatura estava bem relaxada. Depois ela colocou mais um dedo. O ardor aumentou, mas aquela dor insuportável que eu sempre sentia com a tentativa de penetração peniana, não senti. Com os dois dedos ela fez vários movimentos circulares, em gancho, e outros lá, até sentir que houve um relaxamento significativo dos pontos de contração. Ela ficou feliz por ter conseguido, na primeira sessão prática, colocar os dois dedos. Eu tb!!!!!!!!! No final, ela disse que sentiu que minha vagina é muito seca, pois ela entupiu de gel lubrificante e logo, logo ressecou. Perguntou como estava minha libido, minha lubrificação, e eu disse que não andava muito bem, que minha libido anda meio em baixa, segundo a psicóloga, por causa de tanta frustração, passei a associar o sexo com dor e ela deu uma diminuída. Mas tudo bem, já estou tratando esse assunto com minha terapeuta, e logo se resolve tb. Passou os exercícios pra eu fazer em casa: o de relaxar a pelve e colocar o dedo (ou os dois se conseguir) e fazer massagens circulares, sobretudo nos terços que ela indicou como os mais tensos, para ir relaxando. Retorno na segunda para outra sessão. Vamos ver se vai dar certo.

Beijo!

Cris

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Consulta com a fisio

Oi, meninas! Desculpem a falta de agilidade na postagem, mas vcs entendem, né? Trabalho, casa, enfim. Ontem fui à primeira consulta com a fisio. De cara, constrangimento: ela foi minha contemporânea da época da faculdade. Não do mesmo curso (eu não sou fisio, sou farmacêutica), mas ainda assim, nos batíamos nos corredores, pois estudávamos no mesmo prédio. Morri de vergonha! rsrsrs... mas, coragem! A vida é assim mesmo, não? Bem, ela primeiro conversou, perguntou quando tudo começou, como foi feito o diagnóstico, e depois de uma rápida anamnese, já veio com sinceridade: "como lhe disse ontem, nunca tratei um caso desses... e eu preciso ver como anda o grau do vaginismo antes de saber se podemos começar a terapia. Tenho poucos equipamentos aqui, a falta de recurso atrapalha um pouco, mas eu tive formação para isso, e se eu tiver condição, nós vamos tratar." Ela disse que achava que eu já havia tido relações sexuais, mas com muita dor, mas ao mesmo tempo disse que o fato de eu já conseguir inserir o vibrador do diâmetro de um batom sem dor, era um bom começo. Ela não quis me examinar de cara, disse q preferia uma conversa na primeira consulta pra deixar a paciente mais à vontade, e marcou a próxima consulta pra amanhã (sexta-feira). Eu continuo com um pé atrás, não quero alimentar expectativas, quero viver um dia após o outro, sou muito ansiosa e isso pode atrapalhar as coisas. Amanhã, quando retornar da 2º consulta, passo por aqui... se tiver tempo! Senão, no sábado, com certeza, eu posto.

Beijo!

Cris

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Uma luz no fim do túnel

Gente, ontem, sem querer, encontrei uma fisio aqui em minha city que trabalha com uroginecologia. Passei lá na clínica, tentei conversar com ela, mas ela estava atendendo, e mandou a secretária me dar seu celular, pediu que eu ligasse à noite. Liguei, e perguntei se ela tratava o caso. Na hora, ela ficou muda. Depois, continuou: "olha, eu vou ser sincera. Trabalho com uro-ginecologia há 4 anos e nunca apareceu um caso desse na clínica." Bastou pra eu me sentir de novo a única da cidade - eu acho que na minha cidade eu sou mesmo a única. Mas ela disse assim: "Mas, apareça amanhã à tarde na clínica, que eu vou te examinar. Leve seus últimos exames de laboratório, se tiver, ultrassonografia também, e um laudo da ginecologista. Dependendo do grau em que você esteja, tenho alguns aparelhos que podem fazer a reabilitação."

Na hora, me deu vontade de rir. Mas depois desisti. Tenho medo de ter muita esperança. A frustração já é minha amiga. Sem maiores expectativas, vou lá hoje. E logo, logo volto aqui pra dar um feedback!

Beijoo!

Cris

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tão, tão distante.

Hoje acordei bastante triste. Parece que, hoje, a cura é algo tão, tao distante de mim! Me senti como alguém predestinada à viver assim pra sempre. Muito tempo se passou, desde que eu casei, e eu acho que já é tão tarde pra poder tentar algo. A questão financeira, a distância de um possível profissional, parecem um obstáculo tão grande de transpor, que eu cheguei a desejar que eu nem tivesse nascido. Estou sem forças. Era só isso.

sábado, 25 de setembro de 2010

Um pouco da nossa história...

Quando eu e D. começamos a namorar, eu tinha apenas 17 anos. Ele, 22. Meu primeiro namorado. Isso aconteceu nos idos de 1999. Não foi amor à primeira vista. Foi uma amizade que se tornou uma deliciosa paixão e um lindo amor. Recordo-me, perfeitamente, no início de tudo, do dia em que, sentados sob uma árvore, eu disse à ele: "sou virgem. Sexo, só depois do casamento." Ele, prontamente respondeu: "por mim, tudo bem. Desde que você seja a mãe dos meus filhos...". Na minha cabeça, a virgindade era o troféu de toda mulher, e eu, não podia me negar à ela. Era a "prova" de que eu era uma "moça de família", prenda que todo homem gostaria de ter. Era a única forma de valorização que eu podia ter, enquanto mulher, já que, em minha casa, tudo que eu fazia era indiferente. A relação, em casa, com meus pais, era horrível. Eles faziam questão, sobretudo minha mãe, de passar esses pensamentos pra mim. Acabei tendo uma criação rígida e repressora demais, que era reforçada na igreja. E falando em igreja, quanta culpa eu sentia quando tinha pensamentos relacionados a sexo com meu namorado ou quando sentia desejo em ter sexo com ele. Era um martírio. Quantas confissões. Os padres sempre diziam: "pare com isso, Jesus fica triste, você vai ferir sua sexualidade, e depois não se mede o estrago." E eu fui me reprimindo homeopaticamente. Apesar disso, às vezes não resistíamos, e namorávamos de forma mais "ousada", sem nunca tentar a penetração. Era muito bom! Maravilhoso! Aliás, foram os poucos-melhores dias da minha vida.  Se pudéssemos, naquela época, teríamos casado em pouco tempo. Mas, ainda era uma estudante; tinha meus planos de faculdade, e ele também. Então, decidimos que nos casaríamos assim que terminássemos os estudos.

Pois bem, entramos na faculdade, e depois de concluirmos nossos respectivos cursos,  marcamos a data do casamento.  Casamos no início de 2005. Eu com 22 anos, ele com 27. Tudo como mandava o figurino. E foi bem nesse dia, que tinha tudo pra ser o mais lindo da minha vida, que eu descobri a maior frustração dela. Dormimos num hotel, e seguiriamos viagem em lua de mel no outro dia cedo. Bebi tanto vinho pra relaxar que acabei sentindo muito sono. Antes, porém de dormir, tentamos, mas não conseguimos. Tudo bem, a médica já havia dito que poderia ser assim na primeira vez, que nem sempre se conseguia. Viajamos em lua de mel, voltamos, e depois de 3 meses sem  sucesso nas tentativas, voltei à minha ginecologista, achando que meu canal vaginal era obstruído. Ela me examinou e, como disse K. (do blog "Vaginismo, minha história..."), ouvi que tudo estava normal, que meu problema era psicológico. Ela me encaminhou para um psicólogo, mas eu ainda não trabalhava, então, não podia pagar as consultas. Continuei tentando em casa, até que um dia desisti. Eu sofria demais com tentativas cheias de insucesso. Ficamos mais de um ano sem tentar penetração, até que eu consegui um emprego, já no final de 2006 e comecei a me consultar com um psicólogo.

Ele era legal, mas desconhecia o vaginismo. E por falta de informação - minha e dele - acabou concluindo (baseado em não sei o que) que se eu não me entregava, era porque não amava meu marido. Mas, eu falava pra ele que amava sim... muito. Eu sabia que amava.

Foi aí que em 2008 comecei a fazer um curso de pós-graduação, e como a minha relação andava um pouco abalada por conta da distância que estava se instalando entre nós - nosso contato íntimo era muito raro - acabei despertanto interesse por um rapaz, colega do curso. Mas,  não nos envolvemos. Nem beijo nem nada. Ficou só no platonismo. Eu não conseguia, embora o rapaz tenha feito suas investidas. Foi aí que eu cheguei a pensar que seria a oportunidade de "testar" se eu tinha vaginismo mesmo ou não porque - detalhe - o tal terapeuta havia me dito que era incompetência do meu marido o fato de não conseguirmos a penetração. Entretanto, imaginem: se eu não fiz sexo com o homem que sempre amei antes de casar por  pura culpa, eu conseguiria com um homem que apenas me despertara atração física? Um homem que eu mal conhecia? Decerto que não.

Em 2009, fiquei desempregada e tive que deixar a terapia. Muito cara, nosso orçamento andava bombando. Não me servia também. Comecei a achar que o psicólogo estava levando a história muito para o lado pessoal. E decidi entregar a Deus. Desde o começo, eu achava que Ele iria resolver isso, que era uma provação, que em breve tudo isso ia se dissipar. Foi quando tive uma discussão brava com meu marido, por outros motivos que não o vaginismo (ele nunca me cobrou nada acerca do transtorno), que conclui que não o amava mais e resolvi sair de casa. À essa altura, desempregada, casos de doença na família, irrealizada no casamento, com início de depressão, decidi arriscar. Aquilo poderia ser bom pra mim. Nessa discussão, culpei ele de todas as formas: pelos problemas de casa, financeiros, sexuais, enfim. Saí de casa destruída; deixei ele destruído lá. Foram 30 dias de distância, e uma dor aguda absurda. Uma saudade louca do cheiro dele, das risadas, do abraço, do beijo, da companhia. Eu imaginava que era por causa do hábito, afinal eram 10 anos juntos. Mas como um hábito poderia doer na alma daquele jeito, meu Deus? Decidi ouvir meu coração e voltei. Ele me recebeu de braços abertos. Como sempre. Além de ser o amor da minha vida, é um homem maravilhoso de exemplo, caráter, tudo.

Em 2010, decidimos apertar o orçamento e eu voltaria pra terapia. Em abril, recomecei, mas com outra psicóloga. No início, ela achava que meu problema era ansiedade. Muito ansiosa, preocupada, eu não conseguia relaxar o suficiente. E como eu nunca quis acreditar que eu tinha vaginismo, nem falei nada pra ela. Até que em junho, fui à minha gineco e ela bradou: vc ainda nao tratou esse vaginismo? É não tinha jeito. Não podia mais fugir daquilo. Cheguei na terapia e falei pra ela. Levei um laudo da gineco, e alguns artigos da net. Ela disse que nunca tinha ouvido falar. E desde então estamos trabalhando duro em cima disso.

Há 15 dias ela mandou eu começar os exercícios. Aqui na minha cidade não tem fisio uro-ginecológico. Então, sou eu e eu mesma. Comprei um vibrador do tamanho de um batom, lambuzei de KY gel, e mandei brasa. A primeira vez doeu um pouco, mas eu insisti e consegui. Hoje, 2 semanas depois, consigo inserir o vibrador todo, sem dor, sem problema algum. Meu marido também participa dos exercícios. Segunda tenho consulta, e vamos ver se ela acha que eu já posso aumentar o diâmetro. Eu já me sinto segura para tal.

Fiquei feliz quando descobri os blogs que listei aqui ao lado. Avanços, curas, são sempre bem-vindas. No meu caso, que sou bem pessimista, me dá ânimo pra poder continuar e ver que tem jeito!

Obrigada, meninas!

Cris.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Introdução

Ops! O título do primeiro post é bem oportuno, não? rsrs... Brincadeiras à parte, seria realmente cômico, se não fosse trágico. Sou Cris, 28 anos, casada há 5, e portadora de vaginismo. Durante muito tempo ignorei o problema por não consegui aceitar esse transtorno que eu considero a derrota da minha vida. Culpei minha mãe pela educação rígida, a Igreja, por ter me apresentado um Deus malvado que me mandaria diretamente pro inferno caso eu pensasse - ou sonhasse - com algo relacionado a sexo, e até meu marido, pela compreensão excessiva. Ainda vivo de culpas. Mágoas. Acho que tudo poderia ter sido diferente se houvesse uma dosagem de equilíbrio. Só Deus sabe o que eu sofro ao longo desses longos quase 6 anos. Brigas horrorosas com meu marido, pensamentos de suicídio, o surgimento de uma leve depressão, o afastamento de pessoas que eu tanto amo, a sensação de humilhação e inferioridade enquanto mulher, pois, enquanto todas as minhas amigas viam me contar "maravilhas", eu tinha que sorrir e inventar algo para poder entrar no assunto. Quando chegava em casa, chorava um dia sem parar, e ainda tinha que ter criatividade suficiente para inventar tragédias para justificar o meu choro. Fiz dois anos de terapia com um louco que me "convenceu" que eu não conseguia me entregar, porque não amava meu marido. Confusa, fragilizada, deprimida, louca pra mudar de vida, decidi me separar - eu tinha que tentar algo. Posso dizer que sair de casa, deixá-lo para trás, me causou a maior dor que pude sentir na vida. Ficamos 1 mês separados. Até que eu mesma me convenci que fui vítima da minha vulnerabilidade, que não conseguia viver sem ele, e voltei. Não acho que esse mês longe dele tenha sido em vão. Serviu pra me mostrar o quanto o amo, o quanto ele me é precioso, o quanto eu tenho certeza que ele vai ser o pai do meu filho. Falarei de nós mais tarde. Em abril desse ano procurei uma psicóloga, e levei pra ela o meu diagnóstico - que havia sido feito por minha ginecologista. Ela nunca tinha ouvido falar em vaginismo. Mas, juntas, pesquisamos, e esse mês eu comecei a fazer os exercícios. Mas ainda tenho um medo absurdo de ficar assim pra sempre.

Embora tenha dito à Grazi que não tinha blog porque não conseguia falar sobre o assunto, decidi escrever para partilhar com vocês sobre esse problema, afinal, só nós sabemos de verdade o quanto sofremos. Falo para minha psicóloga sempre que minha felicidade depende dessa realização. Mesmo tão cansada, não desisto. Mesmo achando que vou ficar assim pra sempre, que nunca terei filhos, não fico de braços cruzados. Nunca tinha ouvido falar sobre a cura do vaginismo, mas descobri vários blogs, e agora estou aqui para me alegrar com vocês, para ganhar ânimo, pois eu sei que a caminhada é árdua. Quero para chegar à cura. Conto com vocês!

Um beijo enorme!

Cris